No Tabuleiro da Baiana
"No Tabuleiro da Baiana" | |
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Single de Carmen Miranda | |
Formato(s) | 78 rpm |
Gravação | 29 de setembro de 1936 |
Duração | 2 min 37 s |
Gravadora(s) | Odeon Records |
Composição | Ary Barroso |
"No Tabuleiro da Baiana" é uma canção (samba-batuque) do compositor brasileiro Ary Barroso, seu primeiro grande sucesso, de 1936.[1]
Homenagem
[editar | editar código-fonte]O compositor refere-se a uma das principais figuras típicas de Salvador: a baiana do acarajé, quituteira negra que, vendendo seus produtos nas ruas da capital da Bahia, ganha assim o seu sustento, ao tempo em que manteve vivas as tradições culinárias de origem africana.
Letra
[editar | editar código-fonte]A letra refere-se aos quitutes comuns no tabuleiro da baiana: vatapá, caruru, mungunzá (embora omita o principal - o acarajé). Mas tudo isso para reportar-se ao encanto e beleza da baiana: "sedução, cangerê, ilusão, candomblé", para finalmente propor-lhe "Meus trapinhos juntar com você".
Histórico
[editar | editar código-fonte]A letra foi composta por encomenda de Jardel Jercolis, produtor de teatro de revista, para a peça "Maravilhosa" de 1936, sendo cantada por Déo Maia e Grande Otelo; neste mesmo ano voltou a integrar outra Revista, com Oscarito. Apesar dos direitos de Jercolis serem exclusivos para execução no teatro a canção foi, antes de sua apresentação na peça, gravada por Carmen Miranda e Luís Barbosa.[2]
Em 1937, numa entrevista à revista Carioca, Barroso declarou: "'No Tabuleiro da Baiana' foi a primeira música que vendi, tão descrente eu estava do seu mérito. Foi-me encomendada por Jardel Jercolis, que pretendia incluí-la em uma das revistas de sua companhia. A música foi mais 'fabricada' que inspirada; produzi-a mais ou menos à força e acabei compondo-a nos moldes de um batuque feito por mim há vários anos".[2]
Em 1952, foi incluída no filme Carnaval Atlântida, em excelente interpretação de Grande Otelo e Eliana (Eliana Macedo).
Foi regravada em 1980 pelos baianos Caetano Veloso e Gal Costa, e três anos depois, por Maria Bethânia e João Gilberto.[2]
Referências
- ↑ Tânia da Costa Garcia. «O "it verde e amarelo" de Carmen Miranda (1930-1946)». Consultado em 8 de setembro de 2014
- ↑ a b c Everaldo J. dos Santos (25 de abril de 2006). «No tabuleiro da baiana». Cifra Antiga. Consultado em 9 de novembro de 2006. Cópia arquivada em 25 de novembro de 2010