Carlos Mann
Carlos Mann | |
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Nascimento | Carlos Manuel Rodrigues Angola |
Cidadania | Brasil, Angola |
Progenitores |
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Irmão(ã)(s) | Camilo José Rodrigues, Jorge Rodrigues |
Ocupação | editor, empresário |
Prêmios |
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Empregador(a) | Opera Graphica, Comix Book Shop, Editora Criativo |
Carlos Mann é um empresário e editor de quadrinhos angolano-brasileiro. Nascido em Angola, Carlos mudou-se ainda criança para o Brasil em 1975, após seu pai, Camilo Rodrigues, optar por fugir do país com a esposa e os sete filhos por conta dos conflitos iniciado no ano anterior e que levariam à independência de Angola.[1]
Carlos trabalhou por alguns anos em bancas de jornal, até que resolveu comprar a sua própria em 1986, na Alameda Lorena, em São Paulo. Buscando um diferencial para sua banca, Carlos começou a trabalhar com uma importadora que oferecia uma espécie de assinatura de revistas em quadrinhos importadas, garantindo a regularidade de sua distribuição (na época, era praticamente impossível conseguir adquirir quadrinhos importados no país). A banca, agora chamada de Comix Book Shop, cresceu a ponto de se tornar uma loja de dois andares em outro endereço e hoje ser considerada a maior gibiteria brasileira.[2][1]
Foi um dos editores da revista informativa Heróis do Futuro.[3] Em 1996, editou um álbum da revista Heavy Metal só com autores brasileiros.[4]
Em 1998, Carlos fundou, junto com Franco de Rosa, a editora Opera Graphica com o objetivo inicial de investir na produção de quadrinhos de autores brasileiros, então com pouco espaço no mercado nacional, embora também tenham lançado material da King Features e da DC Comics, notadamente do selo Vertigo.[5][6] A editora atuou como um estúdio que produzia revistas para a Editora Escala.[3][7]
O empresário também criou no início dos anos 2000 o Fest Comix. Inicialmente um encontro informal entre autores, editores e desenhistas para trocar ideias e experiências ocorrido no espaço da Comix Book Shop, o evento cresceu e se tornou independente, focado principalmente na venda de quadrinhos com descontos, sessões de autógrafos e espaço para autores independentes.[8]
Em 2003, Carlos Mann ganhou o Prêmio Angelo Agostini de melhor editor, ao lado de André Diniz, Edgard Guimarães, Franco de Rosa e Roberto Guedes.[9] Em 2004, fundou um novo estúdio,[10] chamado de Mercado Editorial e Criativo Mercado Editorial, que mais tarde se tornaria a Editora Criativo,[4][11] também produzindo revistas para a Editora Escala, como as revistas Neo Tokyo e Crash.[12][13][14][15][16]
Em 2008, Carlos deixou o comando da Comix Book Shop, passando para seu irmão Ricardo Jorge de Freitas Rodrigues.[1][17] No mesmo ano, anunciou o encerramento das atividades da Opera Graphica, por ele e Franco de Rosa considerarem que já haviam cumprido seu propósito de ajudar a crescer o mercado do quadrinho brasileiro.[18][19][6]
Referências
- ↑ a b c «A família que comanda a Fest Comix». O Estado de S. Paulo. 19 de outubro de 2012
- ↑ «O poderoso mercado nerd». Pequenas Empresas & Grandes Negócios. Fevereiro de 2010. Arquivado do original em 22 de março de 2012
- ↑ a b Francisco Ucha (Junho de 2009). «Uma ópera e seu maestro». Associação Brasileira de Imprensa. Jornal da ABI (342)
- ↑ a b Chaves, Dario (2021). «Os últimos anos na publicidade e os novos quadrinhos». Julio Shimamoto - O Samurai do Traço. São Paulo: Criativo Editora. p. 125.
Posteriormente, esse álbum [Brasilian Heavy Metal] passou a fazer parte do catálogo da editora Opera Graphica - o proprietário da loja Comix na época era Carlos Rodrigues que depois criou a Opera Graphica (e hoje é publisher da Editora Criativo).
- ↑ «Quando gibis são feitos com amor». Tribuna do Paraná. 16 de fevereiro de 2003
- ↑ a b «Entrevista: Franco de Rosa». Bigorna.net. 12 de junho de 2009
- ↑ «O HQ Club». Opera Graphica
- ↑ «Feiras reúnem profissionais e leitores de gibis». Folha de S.Paulo. 7 de julho de 2002
- ↑ «Divulgados os vencedores do Troféu Angelo Agostini». Universo HQ. 23 de janeiro de 2003
- ↑ «Quem somos». Editora Criativo. 13 de outubro de 2016. Consultado em 26 de setembro de 2024. Arquivado do original em 13 de outubro de 2016
- ↑ Nobu Chine (2011). «Publicações de mangá: Um sucesso de peso - Parte 3». Conhecimento Pratico - Literatura (39): Editora Escala. Arquivado do original em 2 de abril de 2015
- ↑ Paulo Ramos (30 de novembro de 2006). «Cresce o número de revistas sobre quadrinhos no Brasil - II». UOL
- ↑ David Denis Lobão (27 de janeiro de 2006). «Novas revistas nas bancas!». UOL
- ↑ «Sketchcon». marcadefantasia.com. Consultado em 26 de janeiro de 2022
- ↑ «Projeto publica HQs brasileiras - Cultura». Estadão. Consultado em 26 de janeiro de 2022
- ↑ JUBRAN, ALEXANDRE; CHAVES, DARIO. Manual prático de desenho 2. [S.l.]: NBL Editora
- ↑ «Das bancas para as livrarias». Pequenas Empresas & Grandes Negócios
- ↑ «Editora Opera Graphica encerra suas atividades». Folha de S.Paulo. 16 de dezembro de 2008
- ↑ «Como foi: Festa de despedida da Opera Graphica (SP)». Bigorna.net. 14 de janeiro de 2009