500 Milhas de Indianápolis

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Indianapolis 500)
Saltar para a navegação Saltar para a pesquisa
 Nota: ""500 Milhas"" redireciona para este artigo. Para o filme com Paul Newman, veja Winning.
500 Milhas de Indianápolis

Mapa do circuito do Indianapolis Motor Speedway.
Informações gerais
Local Speedway, Indiana, Estados Unidos
Número de voltas 200

As 500 Milhas de Indianápolis, também conhecidas como Indianapolis 500 ou simplesmente Indy 500, são uma das corridas automobilísticas mais tradicionais do mundo e a principal prova do campeonato da IndyCar (conhecida no Brasil como Fórmula Indy), realizada no Indianapolis Motor Speedway, nos Estados Unidos. Este evento é considerado uma das maiores corridas do planeta e é promovido como The Greatest Spectacle in Racing (o maior espetáculo do automobilismo, em tradução livre). As 500 Milhas de Indianápolis fazem parte da Tríplice Coroa do Automobilismo, que inclui três dos mais prestigiados eventos do esporte a motor no mundo: o Grande Prêmio de Mônaco e as 24 Horas de Le Mans.

O circuito oval do Indianapolis Motor Speedway, cuja construção começou em 1909, foi um dos pioneiros entre os circuitos ovais. A capacidade oficial do local não é divulgada pela gerência de Speedway, mas estima-se que a capacidade de lugares permanentes seja superior a 250.000 espectadores. Com a inclusão de patronos no infield, o público pode chegar a 300.000 espectadores. Durante as míticas 500 Milhas de Indianápolis de 2016, o público atingiu cerca de 350.000 espectadores, em celebração à 100.ª edição da corrida e à rica história e cronologia das corridas iniciadas na década de 1900.

Este evento no esporte a motor é geralmente realizado nas proximidades do Memorial Day, um feriado norte-americano que ocorre anualmente na última segunda-feira de maio.[1]

Entre 1950 e 1960, a corrida fez parte do calendário da Fórmula 1. Naquela década, para ser chancelada pela Federação Internacional de Automobilismo, uma corrida precisava obrigatoriamente constar no calendário da Fórmula 1.[2]

Ver artigo principal: Circuito oval
Ver artigo principal: Indianapolis Motor Speedway
Vista aérea do Indianapolis Motor Speedway.

Considerada relativamente plana para os padrões americanos, a pista das 500 Milhas de Indianápolis possui 2,5 milhas (4,0 km), apresentando um formato retangular com vértices arredondados. Suas dimensões permaneceram essencialmente inalteradas desde a sua criação. O circuito oval é percorrido em sentido anti-horário, com quatro curvas de 1/4 mi (400 m), duas retas longas de 5/8 mi (1 000 m) entre a quarta e a primeira curva, e entre a segunda e a terceira, além de duas retas curtas de 1/8 mi (200 m), conhecidas em inglês como "short chutes", situadas entre a primeira e a segunda curvas, e entre a terceira e a quarta (consideravelmente menores do que os ovais de Brooklands, Monza e Daytona). A largura da pista é de 50 pés (15 m), com o banking (ou inclinação) de 9° 12' e raio de 0,16 milhas (260 m), totalizando 2,5 milhas (4,0 km).

Os pilotos competem em 200 voltas, também em sentido anti-horário, para completar uma distância total de 500 mi (800 km). Em 1909, um grupo de empresários de Indianápolis investiu no que se tornaria o Indianapolis Motor Speedway, atualmente cercado pela cidade. Desde sua criação, em 1911, a corrida é tradicionalmente agendada para um domingo em torno do Memorial Day, com treinos livres e classificações realizadas nas duas semanas anteriores ao evento.

Durante a primeira metade dos anos 1990, quando o superoval começou a receber eventos de outras disciplinas do esporte a motor, os muros foram substituídos pelo SAFER barrier (também conhecido como soft wall), que foi utilizado pela primeira vez nas 500 Milhas de Indianápolis de 2002. Além disso, a área de escape foi ampliada e uma rota paralela para aquecimento foi construída ao longo do circuito oval.

O Indianapolis Motor Speedway (IMS) é um dos circuitos mais antigos dos Estados Unidos e do mundo, construído em 1909 com um custo de US$ 3 milhões (valor correspondente à época). O objetivo era promover a indústria automobilística de Indianápolis. A pista abriu em 1909 e começou a receber corridas de automobilismo e motociclismo a partir de 1911. Inicialmente, era feita de 3,2 milhões de tijolos.[3] Com o tempo, devido a inúmeros acidentes envolvendo pilotos e espectadores, a superfície de tijolos foi substituída por asfalto, completando a transição em 1961. No entanto, uma faixa de tijolos foi mantida na linha de chegada, conferindo ao circuito o apelido de "The Brickyard" ("terreno de tijolos") até os dias atuais.

Na década de 1960, o IMS recebeu uma camada de asfalto, mas manteve uma faixa de 1 metro de tijolos na linha de partida e chegada, que é sua marca registrada.

Por tradição, o grid conta com 33 carros, alinhados em onze filas de três veículos cada. O grid é preenchido por pilotos que competem em toda a temporada, além de inscrições especiais para este evento, incluindo veteranos e rookies (pilotos novatos). A corrida é disputada em monopostos, com cockpits e carros de corrida especialmente construídos para o oval. A partir da temporada de 2012 da IndyCar, todos os participantes utilizam motores turbo V6 de 2.2 litros, ajustados para produzir entre 500 e 700 cv a cerca de 12.000 rpm. Chevrolet e Honda são os fabricantes de motores atualmente envolvidos no esporte. A Firestone, com uma longa tradição no automobilismo, fornece os pneus exclusivos para o evento.

O holandês Arie Luyendyk alcançou velocidades médias superiores a 237,498 mph (382,216 km/h) durante a classificação da corrida de 1996. Tom Sneva foi o primeiro a superar a barreira das 200 milhas por hora, registrando uma média de 200 mph (320 km/h) na classificação de 1977, com um tempo de 200,535 mph (322,730 km/h). O recorde da volta mais rápida da Indy 500 foi estabelecido por Luyendyk em 1990, com uma velocidade média de 185,981 mph (299,307 km/h), que perdurou até 2013, quando Tony Kanaan registrou 187,433 mph (301,644 km/h). Em 2021, Hélio Castroneves estabeleceu um novo recorde de 190,690 mph (306,886 km/h). Eddie Cheever detém o recorde da volta mais veloz da corrida, com 236,103 mph (379,971 km/h).

A corrida inaugural foi vencida por Ray Harroun, que utilizou um inovador espelho retrovisor, em 1911. O evento comemorou seu centenário nas 500 Milhas de Indianápolis de 2011. Os pilotos mais bem-sucedidos na corrida são A. J. Foyt, Al Unser, Rick Mears e Hélio Castroneves, cada um deles conquistando a vitória quatro vezes.[4] Rick Mears detém o recorde de pole positions em um total de seis. O proprietário de equipe mais bem-sucedido é Roger Penske, dono da equipe Penske Racing, que acumulou 17 vitórias e 17 poles até a Indy 500 de 2018.

Devido a questões de segurança, como a aquaplanagem, a corrida não é realizada em condições de pista úmida. Se ocorrer um atraso devido à chuva, a corrida será adiada até que as condições melhorem e a pista seja secada. Se a chuva cair durante a corrida, os oficiais podem encerrar a prova e declarar os resultados oficiais se mais da metade da distância programada (ou seja, 101 voltas) tiver sido completada.

Dimensões do circuito oval

[editar | editar código-fonte]
Região Número Distância Largura Banking(Inclinação)
Retas longas 2 0,625 milhas (1 006 m) 50 pés (15 m)
Retas curtas 2 0,125 milhas (201 m) 50 pés (15 m)
Curvas 4 0,250 milhas (402 m) 60 pés (18 m) 9°12'
Total/Média - 2,5 milhas (4,0 km) 54 pés (16 m) 3°3'

Histórico das médias horárias das corridas nas 500 Milhas de Indianápolis

[editar | editar código-fonte]
Ano Barreira Vencedor da corrida Tempo Velocidade Média Notas
(MPH) (KM/H)
1911 70 milhas por hora (110 km/h) Estados Unidos Ray Harroun 6:42:08,92 74,602 129,060 Primeira corrida
1914 80 milhas por hora (130 km/h) França René Thomas 6:03:46,12 82,47 132,72
1922 90 milhas por hora (140 km/h) Estados Unidos Jimmy Murphy 5:17:30,79 94,48 152,05 O piloto triunfou, venceu a Grande Prêmio da França de 1921 em Le Mans
1925 100 milhas por hora (160 km/h) Estados Unidos Peter DePaolo 4:56:39,45 101,127 162,748 Primeira corrida completa em menos de 5 horas
1937 110 milhas por hora (180 km/h) Estados Unidos Wilbur Shaw 4:24:07,08 113,580 182,789 Último vencedor com carro de dois assentos incluindo mecânico
1949 120 milhas por hora (190 km/h) Estados Unidos Bill Holland 4:07:14,97 121,327 195,257
1954 130 milhas por hora (210 km/h) Estados Unidos Bill Vukovich 3:49:17,27 130,840 210,567
1962 140 milhas por hora (230 km/h) Estados Unidos Rodger Ward 3:33:50,33 140,293 225,780 Nos anos 60, o Indianapolis Motor Speedway foi pavimentada com asfalto
1965 150 milhas por hora (240 km/h) Reino Unido Jim Clark 3:19:05,34 150,686 242,506
1972 160 milhas por hora (260 km/h) Estados Unidos Mark Donohue 3:04:05,54 162,962 262,262
1986 170 milhas por hora (270 km/h) Estados Unidos Bobby Rahal 2:55:43,470 170,722 274,750 Primeira 500 Milhas de Indianápolis completada em menos de 3 horas
1990 180 milhas por hora (290 km/h) Países Baixos Arie Luyendyk 2:41:18,404 185,981 299,307 Atualmente (até 2021), é a quarta mais rápida 500 Milhas de Indianápolis de todos os tempos
2013 187 milhas por hora (300 km/h) Brasil Tony Kanaan 2:40:03,4181 187,433 301,644 Segunda corrida com a média horária mais rápida em 3 décadas
2021

190 milhas por hora (310 km/h)

Brasil Hélio Castroneves 2:37:19,3846 190,690 306,886 A corrida com a média horária mais rápida em 3 décadas

Recordes de velocidade das 500 Milhas de Indianápolis

[editar | editar código-fonte]
Recordes da Indy 500 de todos os tempos
Tipo Distância Gênero Piloto Tempo Média de velocidade Data
Voltas Mi km mph km/h
Treinos livres (não-oficiais) 1 2,5 4.0 Homens Países Baixos Arie Luyendyk 00:37,616 239,260 385,052 10 de maio de 1996
Mulheres Reino Unido Pippa Mann 00:39,1443 229,918 370,017 20 de maio de 2016
Classificação 1 2,5 4,0 Homens Países Baixos Arie Luyendyk 00:37,895 237,498 382,216 12 de maio de 1996
Mulheres Estados Unidos Sarah Fisher 00:39,1858 229,675 369,626 11 de maio de 2002
4 10,0 16,1 Homens Países Baixos Arie Luyendyk 02:31,908 236,986 381,392 12 de maio de 1996
Mulheres Estados Unidos Sarah Fisher 02:36,9046 229,439 369,246 11 de maio de 2002
Volta mais rápida 1 2,5 4,0 Homens Estados Unidos Eddie Cheever 00:38,119 236,103 379,971 26 de maio de 1996
Mulheres
Indy 500 mais rápida 200 500 800 Homens Brasil Hélio Castroneves 2:37:19,3846 190,690 306,886 30 de maio de 2021
Mulheres
Tomadas oficiais de tempo e velocidade registrada apenas em concorrência direta de treinos, classificação ou corrida

Classificação dos pilotos para as 500 Milhas de Indianápolis

[editar | editar código-fonte]

Ao longo dos anos, os promotores da corrida têm alterado ciclicamente os procedimentos e fórmulas de classificação utilizados para definir o grid de largada. A atual distância classificatória de quatro voltas — totalizando 10 milhas (16 km) — foi introduzida pela primeira vez em 1920 e tem sido aplicada anualmente desde 1939.[5]

Em 2014, o procedimento de classificação foi refinado, permitindo que o vencedor da pole position e o grid de largada fossem determinados em dois dias. Atualmente, a classificação ocorre em mais de dois dias. No primeiro dia, os pilotos classificados do 13º ao 30º lugar (ou do 13º ao 33º lugar, se houver apenas 33 inscrições) têm suas posições definidas, enquanto todas as outras posições são determinadas no dia seguinte. Após o treino de Fast Friday, todos os carros são inscritos em um sorteio às cegas para a ordem de classificação.

Sábado: Todos os inscritos estão garantidos para realizar pelo menos uma tentativa de classificação e podem fazer tentativas adicionais, caso o tempo permita. Ao final da sessão, os doze pilotos mais rápidos avançam para uma sessão realizada no dia seguinte, onde serão definidos a pole position e as quatro primeiras filas do grid. Os pilotos classificados entre o 10º e o 30º lugar têm suas posições definidas e não precisam se reclassificar. Aqueles que se classificarem em 31º lugar ou posições inferiores avançam para uma sessão separada, também realizada no dia seguinte, para determinar os três últimos lugares da última fila, conhecida como Bump Day.

Domingo: Os pilotos que se classificaram em 31º lugar ou em posições inferiores no sábado têm seus tempos originais apagados. Uma nova sessão de 1 hora e 15 minutos é realizada, na qual cada piloto recebe uma tentativa garantida e pode realizar tentativas adicionais, caso o tempo permita. Os pilotos que terminarem entre o 31º e o 33º lugares terão suas posições definidas. Aqueles que terminarem em 34º lugar ou posições inferiores não se classificam. Os doze pilotos mais rápidos de sábado participam de uma segunda sessão de classificação, onde os seis primeiros avançam para o Fast Six. A ordem de classificação baseia-se nos tempos da sessão de sábado, do mais lento ao mais rápido. Mais uma vez, os tempos de sábado são apagados, e a cada piloto é dada apenas uma tentativa, em ordem definida do 7º ao 12º lugar. Os pilotos realizam uma saída de quatro voltas, e essa sessão fecha as posições das filas três e quatro, ou seja, do 7º ao 12º lugar, determinando quais seis pilotos disputarão a pole e terão uma tentativa final. O piloto mais rápido conquista a cobiçada pole position, e os outros cinco têm suas posições definidas com base em seus tempos.

Para cada tentativa, são permitidas duas voltas de aquecimento. Um membro da equipe deve estar posicionado na extremidade norte do autódromo e deve agitar uma bandeira verde para sinalizar o início da tentativa; caso contrário, a tentativa será cancelada. A tentativa pode ser cancelada a qualquer momento durante as quatro voltas, seja pela equipe, pelo piloto ou pelos oficiais da corrida (a corrida pode ser interrompida se for evidente que a tentativa não será rápida o suficiente para se classificar e o tempo estiver se esgotando). Se uma tentativa for interrompida após o início da corrida, essa tentativa conta e o tempo anterior continua sendo perdido, a menos que os oficiais da corrida decidam cancelar a tentativa devido ao tempo. As condições climáticas podem afetar a classificação e resultar em mudanças de formato de última hora.

Histórico das médias horárias das poles position

[editar | editar código-fonte]
Ano Barreira Piloto Velocidade Notas
(MPH) (KM/H)
1911 N/A Estados Unidos Lewis Strang Sem volta registrada 1º ano, ordem determinada pela entrada
1915 90 milhas por hora (140 km/h) Estados Unidos Howdy Wilcox 98,90 159,16 1º ano com grid determinado pela velocidade da classificação
1919 100 milhas por hora (160 km/h) França René Thomas 104,780 168,627
1925 110 milhas por hora (180 km/h) Estados Unidos Leon Duray 113,196 182,171
1927 120 milhas por hora (190 km/h) Estados Unidos Frank Lockhart 120,100 193,282
1939 130 milhas por hora (210 km/h) Estados Unidos Jimmy Snyder 130,138 209,437
1954 140 milhas por hora (230 km/h) Estados Unidos Jack McGrath 141,033 226,971 Motor com composto químico nitrometano então legal
1962 150 milhas por hora (240 km/h) Estados Unidos Parnelli Jones 150,370 241,997 Nos anos 60, Indianapolis Motor Speedway ganhou uma camada de asfalto
1965 160 milhas por hora (260 km/h) Estados Unidos A.J. Foyt 161,233 259,479
1968 170 milhas por hora (270 km/h) Estados Unidos Joe Leonard 171,559 276,097 Carro com motor turbo.
1972 180 milhas por hora (290 km/h) Estados Unidos Bobby Unser 195,940 315,335 Aumentou 17 mph (27 km/h) no recorde da média horária da pole position, maior margem até à data
190 milhas por hora (310 km/h)
1978 200 milhas por hora (320 km/h) Estados Unidos Tom Sneva 202,156 325,339 Quebrou a barreira da classificação acima das 200 milhas por hora (320 km/h) em 1977
1984 210 milhas por hora (340 km/h) 210,029 338,009
1989 220 milhas por hora (350 km/h) Estados Unidos Rick Mears 223,885 360,308
1992 230 milhas por hora (370 km/h) Colômbia Roberto Guerrero 232,482 374,144
  • Durante treinos, Bill Vukovich II fez sua primeira volta a 185,797 mph (299,011 km/h), para definir o recorde da pista de uma volta e foi o primeiro piloto a quebrar a barreira de 180 km/h (290 km/h). Ele, no entanto, teve problemas na sua segunda volta e não foi concluída as quatro voltas. Posteriormente, Joe Leonard classificou-se numa média horária de quatro voltas de 185,223 mph (298,088 km/h) com média horária das quatro voltas de 180 milhas por hora (290 km/h). Mais na frente, no entanto, Bobby Unser classificou-se ainda mais rápido, consegue média horária de mais de 190 mph (310 km/h) e tornou-se o pole position para quebrar a barreira de 180 mph (290 km/h) e 190 mph (310 km/h) na média horária das quatro voltas.

Galeria do circuito oval das 500 Milhas de Indianápolis e do Indianapolis Motor Speedway

[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Indianapolis Motor Speedway

Organização da corrida

[editar | editar código-fonte]
Início das 500 Milhas de Indianápolis de 2007

De 1911 até 1955, o evento fazia parte do Campeonato Nacional da Associação Automobilística Americana (em inglês: American Automobile Association), mais conhecida como AAA. Após as consequências da tragédia de Le Mans em 1955, a AAA deixou de promover corridas. Tony Hulman, proprietário do circuito oval de Indianápolis, criou a United States Auto Club (USAC) e a Indy 500 passou a ser uma prova do campeonato nacional da USAC. A corrida também contava pontos — até 1960 — para a Fórmula 1, embora raramente pilotos do Campeonato Mundial da Fórmula 1 participassem, exceto Alberto Ascari.

Em 1979, os donos de equipes fundaram a Championship Auto Racing Teams (CART), que começou a promover seu próprio campeonato de monopostos. Anos mais tarde, a USAC deixou de promover corridas de monopostos americanos, embora continuasse a supervisionar as 500 Milhas de Indianápolis de 1956 a 1997, que rapidamente se juntou ao calendário de corridas da CART.

Tony George, presidente do oval de Indianápolis no início da década de 1990, anunciou planos para fundar um novo campeonato chamado Indy Racing League (IRL), com o objetivo de preservar a tradição dos circuitos ovais americanos e as especificações dos monopostos. O nome foi alterado para IndyCar Series no início da década de 2000. A IndyCar Series e a já renomeada Champ Car unificaram-se em 2008 em um único campeonato, que passou a ser chamado de IndyCar. Em 9 de novembro de 2019, Roger Penske (dono da Penske Racing, que compete na IndyCar Series) adquiriu o Indianapolis Motor Speedway, as 500 Milhas de Indianápolis e a IndyCar da família Hulman-George.

Os primeiros anos e a invenção do espelho retrovisor

[editar | editar código-fonte]
Prova de 1912.

As primeiras 500 Milhas de Indianápolis foram realizadas no dia 30 de maio de 1911, coincidentemente no Memorial Day,[6] e foram vencidas pelo americano Ray Harroun, que pilotava um Marmon 32 Wasp. Esse carro era equipado com um espelho retrovisor, o que permitia a Harroun observar os concorrentes que vinham atrás dele sem desviar a atenção da corrida.[7] Harroun foi declarado o vencedor, embora Ralph Mulford tenha protestado contra o resultado oficial. A primeira edição contou com a presença de 80.000 espectadores. Muitos consideraram a decisão de Harroun de correr sem um mecânico a bordo muito perigosa, uma vez que, na época, os carros geralmente competiam com duas pessoas.[8]

Em 1912, o prêmio para o vencedor foi estabelecido em US$ 50.000.[9] O grid de largada foi limitado a 33 carros, uma regra que permanece até hoje,[9] e a presença de um mecânico a bordo tornou-se obrigatória. A segunda edição da corrida foi vencida por Joe Dawson, após a quebra do Mercedes de Ralph de Palma.[9] Embora a primeira corrida tenha sido vencida por um piloto americano dirigindo um carro americano, fabricantes europeus, como a italiana Fiat e a francesa Peugeot, logo desenvolveram seus próprios veículos na tentativa de conquistar o evento, o que conseguiram entre 1912 e 1919. Após a Primeira Guerra Mundial, pilotos e fabricantes americanos retomaram o domínio na corrida. O engenheiro Harry Miller destacou-se como o mais competitivo dos construtores no pós-guerra, e seus avanços técnicos estabeleceram uma história de sucesso que perdurou até meados dos anos 1970.[10]

Em 1946, o cantor de ópera e entusiasta do automobilismo James Melton cantou pela primeira vez "(Back Home Again in) Indiana" a pedido de Tony Hulman, presidente do IMS na época. Essa tradição continua até hoje e, desde 1972, a canção foi interpretada pelo ator e cantor Jim Nabors até as 500 Milhas de Indianápolis de 2014.[11]

Carro de 1932.

Seguindo o regulamento europeu, as cilindradas foram limitadas a 3.000 cc durante o período de 1920 a 1922, a 2.000 cc de 1923 a 1925 e a 1.490 cc de 1926 a 1929.[9] A corrida de 1920 foi vencida por Gaston Chevrolet em um Frontenac, preparado por seus irmãos e equipado com um motor de oito cilindros, que lhe garantiu a vitória nas 500 Milhas de Indianápolis.[9] Para a edição de 1923, as regras mudaram, e a presença de um co-piloto, que desempenhava a função de mecânico a bordo, não era mais necessária.[12] Em 1924, um carro com supercompressor venceu a corrida.[12] Em 1925, Pete DePaolo tornou-se o primeiro a ganhar uma corrida com uma média de 100 milhas por hora (160 km/h), alcançando uma velocidade de 101,13 milhas por hora (162,75 km/h).[9]

No início da década de 1920, Harry Miller construiu seu próprio motor de 3,0 litros (183 in³), inspirado no motor de um Peugeot Grand Prix, que tinha sido atendido em sua loja por Fred Offenhauser em 1914. Esse motor foi colocado no Duesenberg de James Anthony Murphy, permitindo-lhe vencer a edição de 1922 da Indianapolis 500.[13] Miller, então, criou seus próprios automóveis, que compartilhavam a designação "Miller", e que eram equipados com versões sobrealimentadas de seus motores de 1,5 e 2,0 litros (122 e 91 in³), vencendo quatro corridas até 1929 (dois deles, em 1926 e 1928, em chassis de Miller). Os motores Miller impulsionaram outros sete vencedores até 1938 (dois deles, em 1930 e 1932, em chassis de Miller), e foram os primeiros a se adaptarem a esse tipo de motor antes de serem posteriormente ajustados à fórmula internacional de 3,0 litros.[14]

Mercedes-Benz W154 inscrito por Don Lee na Indianapolis 500 de 1947 com Duke Nalon como piloto

Após a compra do circuito oval em 1927, Eddie Rickenbacker proibiu o uso de supercompressor e elevou o limite de deslocamento para 6.000 cc, além de reintroduzir o conceito de cavalo mecânico.[12]

Em 1935, ex-funcionários de Miller, Fred Offenhauser e Leo Goosen, conquistaram a primeira vitória com o brevemente famoso motor Offenhauser, de quatro cilindros, conhecido como "Offy". Esse motor está eternamente associado à história do Brickyard, com um total de 27 vitórias registradas até 2015, tanto em versões naturalmente aspiradas quanto com supercompressor, estabelecendo um recorde de 18 anos consecutivos de vitórias entre 1947 e 1964.[15]

Incursão europeia e suas conexões com a Fórmula 1

[editar | editar código-fonte]
Team Lotus de Fórmula 1 vencedora das 500 Milhas de Indianápolis de 1965.

Depois de quase duas décadas de ausência, os fabricantes europeus retornaram a Indianápolis pouco antes da Segunda Guerra Mundial. Esse breve retorno incluiu a participação da Maserati 8CTF, que permitiu a Wilbur Shaw tornar-se o primeiro piloto a vencer consecutivamente a corrida em 1939 e 1940.[16] A Indianapolis 500 foi parte do calendário da Fórmula 1 entre 1950 e 1960,[17][18] e a Ferrari fez uma aparição discreta no evento de 1952 com Alberto Ascari, um dos poucos europeus a participar da prova nesse período.[19] Entretanto, as inscrições de pilotos europeus foram escassas durante esses anos. Entre os pilotos da Fórmula 1 que correram em Indianápolis estava o lendário automobilista argentino Juan Manuel Fangio, que, no entanto, não conseguiu se classificar para a corrida de 1958.

Após a retirada da prova das 500 Milhas de Indianápolis do calendário da Fórmula 1 em 1960, as inscrições europeias voltaram. O bicampeão mundial de Fórmula 1, Jack Brabham, competiu com um Cooper ligeiramente modificado na 500 Milhas de Indianápolis de 1961.[20]

Em 1963, Colin Chapman trouxe a Team Lotus para Indianápolis pela primeira vez, atraído pelos altos prêmios, muito maiores do que os habituais em eventos europeus. Correndo com um carro de motor central, o escocês Jim Clark ficou em segundo lugar em sua primeira tentativa em 1963, vencida por Parnelli Jones.[21] Na corrida seguinte, em 1964, Clark dominou até sofrer uma falha de suspensão na volta 47. Em 1965, ele finalmente conquistou a vitória, interrompendo o domínio do motor Offenhauser e garantindo o sucesso do motor V8 de 4,2 litros da Ford.[22] Nas 500 Milhas de Indianápolis de 1966, mais uma vitória britânica foi registrada, desta vez com Graham Hill em um Lola-Ford.[23]

A Offenhauser também se uniu a um fabricante europeu, a McLaren, conquistando três vitórias: a primeira com Roger Penske em 1972, com o piloto Mark Donohue, e duas com a própria McLaren em 1974 e 1976, com Johnny Rutherford. Esta foi a última vez que a Offenhauser venceu a corrida, pois sua competitividade diminuiu progressivamente até sua última aparição em 1983.[24][25][26]

Embora os pilotos americanos tenham sido maioria nas inscrições no Brickyard durante os anos seguintes, a tecnologia europeia estava presente nas 500 milhas. A partir de 1978, a maioria dos chassis e motores eram de origem europeia, com os únicos chassis baseados nos EUA a vencer durante a era CART sendo o Wildcat e o Galmer[27] (construído em Bicester, Inglaterra) em 1982 e 1992, respectivamente. Os motores Ford e Chevrolet eram fabricados no Reino Unido pela Cosworth e Ilmor, respectivamente.

Teo Fabi foi o último piloto em atividade na Fórmula 1 a competir nas 500 Milhas de Indianápolis no ano de 1984. O próximo piloto ativo da Fórmula 1 a participar da Indy 500 foi o espanhol Fernando Alonso, nas 500 Milhas de Indianápolis de 2017.[28]

O troféu Borg Warner

[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Troféu Borg-Warner
O Troféu Borg-Warner, apresentado aos vencedores da Indy 500 no círculo da vitória e fica em exposição permanente no Hall of Fame Museum.

É um dos troféus mais cobiçados do mundo do esporte a motor, que é atribuído ao vencedor de cada 500 milhas de Indianápolis, desde 1936, que o recebe no círculo da vitória (chamado na língua inglesa de Winner's Circle, em tradução livre)/Victory Lane feito para abrigar piloto e a equipe vencedores do evento, em alusão às corridas de cavalos — então sem a cerimônia do pódio. A iniciativa foi feita pela empresa Borg-Warner um ano antes e foi apresentada em um jantar para Eddie Rickenbacker, declarou oficialmente o troféu como um desafio de glória e tradição para o vencedor do evento lendário. É feito em prata e a originalidade desta obra de arte é que sua superfície é gravada todas as faces dos vencedores da mítica corrida e suas respectivas médias horárias desde a primeira edição.

É o mais antigo troféu do esporte a motor, inclusive Louis Meyer (que foi o primeiro a receber o troféu) compará-lo com a medalha olímpica. Juntamente com o Troféu Borg-Warner, o vencedor recebe um cheque de um montante que não é muito comum. Emerson Fittipaldi foi o primeiro a superar a barreira dos US$ 1 milhão em 1989. Nas 500 Milhas de Indianápolis de 2017, o montante chegava aos US$ 2 milhões e 458 mil dólares aproximadamente.[29]

O vencedor das 500 Milhas de Indianápolis de 2011 Dan Wheldon segurando a garrafa de leite.

O piloto Louis Meyer foi o primeiro a vencer em sua estreia na corrida, com exceção da primeira edição, e também o primeiro a conquistar a trilogia de vitórias. Ao cruzar a linha de chegada em seu segundo prêmio, ele pediu um copo de leite para comemorar o triunfo. Em 1936, ao repetir a vitória, Meyer voltou a solicitar um copo de leite, mas recebeu uma garrafa de leite (uma prática comum no sul dos Estados Unidos). Um fotógrafo habilidoso imortalizou o momento em que ele bebia da garrafa com dois dedos, enquanto os outros três dedos estavam abertos em alusão às suas três vitórias.

Um executivo da empresa leiteira local viu uma oportunidade de marketing na imagem, e esse ato foi repetido nos anos seguintes. Com exceção de um período entre 1947 e 1955, em que aparentemente o leite não era oferecido, a prática foi reavivada em 1956 e perdura até os dias atuais, com a exceção da corrida de 1993. Naquele ano, Emerson Fittipaldi, vencedor da edição, pediu que lhe dessem suco de laranja, pois estava investindo na exportação desse produto para os Estados Unidos. A troca do leite pelo suco de laranja foi tão mal vista em Indianápolis que seu chefe, Roger Penske, obrigou-o a beber ao menos um gole do tradicional leite.

O início da inscrição de mulheres na Indy 500

[editar | editar código-fonte]

As mulheres que se inscreveram nas 500 Milhas de Indianápolis incluem Janet Guthrie (1977–1979, a primeira), Desiré Wilson, Amber Furst, Lyn St. James, Sarah Fisher, Danica Patrick, Milka Duno, Ana Beatriz "Bia" Figueiredo, Pippa Mann, Simona de Silvestro e Katherine Legge, algumas pilotas que se tornaram estrelas.

Nas 500 Milhas de Indianápolis de 2009, três mulheres se classificaram: as americanas Sarah Fisher e Danica Patrick, além da venezuelana Milka Duno. A famosa frase do automobilismo Gentlemen, start your engines! ("Senhores: liguem seus motores") foi modificada para Ladies and Gentlemen, start your engines! ("Senhoras e Senhores: liguem seus motores").

Maior número de largadas

Melhor posição de largada

Melhor resultado

Maior número de inscritas em uma corrida

Vencedoras femininas do título 'Rookie of the Year' nas 500 Milhas de Indianápolis

Sobre a inscrição de pilotos afro-americanos nas 500 Milhas de Indianápolis

[editar | editar código-fonte]

A partir da década de 1990 e na década de 2000, houve inscrições de pilotos afro-americanos competindo nas 500 Milhas de Indianápolis. O piloto Willy T. Ribbs foi o primeiro a testar um carro de Fórmula 1 e a se classificar nas 500 Milhas de Indianápolis nos anos de 1991 e 1993, competindo na CART. Na década de 2000, o piloto George Mack também classificou seu carro na corrida das 500 Milhas de Indianápolis de 2002.

História recente das 500 Milhas de Indianápolis

[editar | editar código-fonte]
Carro de Emerson Fittipaldi, vencedor da corrida de 1989.

Até o fim da década de 1980, os vencedores das 500 Milhas de Indianápolis, tanto na AAA quanto na USAC e na CART, eram predominantemente pilotos americanos. No entanto, a partir desse período, pilotos estrangeiros, em sua maioria europeus e latino-americanos, começaram a competir nos Estados Unidos, como é o caso do italiano Teo Fabi e do colombiano Roberto Guerrero.

Na Indy 500 de 1989, o brasileiro Emerson Fittipaldi, bicampeão mundial de Fórmula 1, sagrou-se vencedor após uma disputada corrida contra Al Unser Jr.. Em 1990, o holandês Arie Luyendyk venceu a prova, estabelecendo na ocasião a velocidade média mais alta da Indy 500 até aquele momento, com 185,981 milhas por hora (299,307 km/h) — um recorde que seria superado em 2013. Em 1997, a corrida passou a ser organizada pela IRL.

O britânico Nigel Mansell, campeão da Fórmula 1 em 1992, competiu nas temporadas de 1993 e 1994 da CART, vencendo o campeonato em 1993. Na Indy 500 de 1993, sua inexperiência em relargadas em circuitos ovais o fez perder a liderança para Emerson Fittipaldi, que venceu a corrida pela segunda vez. Em 1994, Mansell abandonou a prova devido a uma colisão.

Entre 1996 e 2022, treze pilotos de origem europeia, asiática, oceânica ou latino-americana conquistaram as 500 Milhas de Indianápolis. Esses pilotos incluem o holandês Arie Luyendyk (1997), o sueco Kenny Bräck (1999), o colombiano Juan Pablo Montoya (2000 e 2015), o brasileiro Hélio Castroneves (2001, 2002, 2009 e 2021 — este último com o recorde de velocidade mais alta da história da Indy 500, a 306 km/h), o brasileiro Gil de Ferran (2003), o inglês Dan Wheldon (2005 e 2011), o escocês Dario Franchitti (2007, 2010 e 2012), o neozelandês Scott Dixon (2008), o brasileiro Tony Kanaan (2013, que deteve o recorde das 500 milhas de Indianápolis mais rápidas até ser superado por Hélio Castroneves em 2021), o japonês Takuma Sato (2017 e 2020), o australiano Will Power (2018), o francês Simon Pagenaud (2019) e o sueco Marcus Ericsson (2022).

Adicionalmente, nas cinco primeiras edições das 500 Milhas de Indianápolis, três automobilistas vencedores eram não-estadunidenses, o que demonstra que a presença de pilotos estrangeiros não se deve apenas ao campeonato da CART.

Em 2009, o circuito Indianapolis Motor Speedway deu início a uma "Era Centenária" para comemorar o 100º aniversário da abertura do circuito (1909) e o centésimo aniversário das primeiras 500 Milhas de Indianápolis (1911), com homenagens nostálgicas ao longo de todo o evento.[30] Para celebrar a centésima edição das 500 Milhas de Indianápolis, a história e cronologia do evento foram exaltadas, atraindo até 350.000 espectadores no infield.[31]

Relação entre 500 Milhas de Indianápolis, 600 Milhas de Charlotte e a NASCAR

[editar | editar código-fonte]
Veículos da NASCAR durante a prova Brickyard 400 no Indianapolis Motor Speedway.

Na década de 1960 e início dos anos 1970, as 500 Milhas de Indianápolis e a Coca-Cola 600 (também conhecidas como 600 Milhas de Charlotte) no Charlotte Motor Speedway eram realizadas em dias diferentes da semana. Alguns pilotos regulares da NASCAR, como Bobby Allison, Donnie Allison, Cale Yarborough e LeeRoy Yarbrough, participaram das duas corridas no mesmo ano. No entanto, entre 1974 e 1992, os dois eventos foram agendados para o mesmo dia e horário, impossibilitando a participação em ambos. Mesmo assim, alguns pilotos de stock car, como Neil Bonnett em 1979, tentaram se classificar para as 500 Milhas de Indianápolis, mesmo que isso significasse não participar de Charlotte.

Desde 1993, a corrida das 600 Milhas de Charlotte — oficialmente chamada de Coca-Cola 600 — foi programada para a noite do mesmo dia em que ocorrem as 500 Milhas de Indianápolis, criando um intervalo entre as duas provas. Após a conclusão da 500 Milhas de Indianápolis, pilotos pegavam aviões e helicópteros diretamente para a corrida da NASCAR. Pilotos como John Andretti, Davy Jones, Tony Stewart e Robby Gordon tentaram essa façanha, assim como Kurt Busch em 2014 e Kyle Larson nas 500 Milhas de Indianápolis de 2024 porém não teve largada em Charlotte pelo fato da Indy 500 ter sido postergada. Em 27 de maio de 2001, Tony Stewart se tornou o primeiro piloto a completar a distância combinada das duas corridas, totalizando 1 100 milhas (1 800 km) que é o chamado double duty(dupla jornada) no mesmo dia.[32] O piloto completou as 200 voltas da Indy 500, terminando em quinto lugar pela Chip Ganassi Racing, e, em seguida, viajou cerca de 860 quilômetros até a Carolina do Norte para correr as 400 voltas da Coca-Cola 600, onde terminou em terceiro lugar pela Joe Gibbs Racing.

Em 2005, o início das 500 Milhas de Indianápolis foi adiado para 13:00 EDT, com o objetivo de aumentar a audiência televisiva. Essa mudança reduziu significativamente a janela de tempo disponível para um piloto competir em ambos os eventos no mesmo dia. Originalmente, a corrida era programada para as 11 da manhã EST ou meio-dia, e em 1911, os promotores estimaram que o evento levaria cerca de seis horas para ser concluído, a fim de evitar que terminasse muito perto do horário do jantar. Atualmente, a corrida é normalmente concluída em menos de três horas e meia. Em 2011, o Indianapolis Motor Speedway alterou o horário de início das Indy 500 para cerca de 12:15 EDT, reabrindo assim a possibilidade de viagem para os pilotos. Em 2014, estrelas da NASCAR sugeriram que poderiam competir tanto na Indy 500 quanto na corrida em Charlotte Motor Speedway no mesmo dia.[33]

Dois pilotos, Mario Andretti e A. J. Foyt, venceram tanto as 500 Milhas de Indianápolis quanto as 500 Milhas de Daytona (conhecidas principalmente como Daytona 500). Foyt também conquistou as 24 Horas de Daytona e as 12 Horas de Sebring, além das 24 Horas de Le Mans. Já Andretti foi campeão mundial de Fórmula 1 em 1978 e venceu a corrida de 6 Horas de Daytona, além de ser três vezes vencedor de Sebring. Johnny Rutherford, vencedor das 500 Milhas de Indianápolis, também ganhou um Gatorade Duel. Em 2010, Chip Ganassi se tornou o primeiro proprietário de equipe a vencer tanto a Daytona 500 quanto as 500 Milhas de Indianápolis no mesmo ano, com Jamie McMurray vencendo as 500 Milhas de Daytona e Dario Franchitti triunfando nas 500 Milhas de Indianápolis.

Referente ao antigo Brickyard 400 (também conhecido como 400 Milhas de Brickyard), realizado no oval do Indianapolis Motor Speedway desde sua primeira edição em 1994, até 2014, um total de 18 pilotos competiu nas 400 Milhas de Brickyard e nas 500 Milhas de Indianápolis. Além disso, doze pilotos tentaram se classificar para ambas as corridas, mas não conseguiram se classificar em uma ou em ambas as competições. Na corrida inaugural de 1994, participaram dois vencedores das 500 Milhas de Indianápolis: A. J. Foyt e Danny Sullivan. Juan Pablo Montoya e Jacques Villeneuve são os únicos pilotos a disputarem a Indy 500, a Brickyard 400 e o Campeonato Mundial de Fórmula 1 (incluindo o Grande Prêmio dos Estados Unidos). Montoya detém o melhor desempenho combinado nas duas corridas, com duas vitórias na Indy 500 e um segundo lugar na Brickyard 400. Larry Foyt foi o primeiro piloto a competir em todas essas corridas, tendo participado das 400 Milhas de Brickyard; todos os demais, exceto A. J. Allmendinger e Kurt Busch, correram na Indianapolis 500 antes de priorizar a corrida na Brickyard 400.

Denominações

[editar | editar código-fonte]
Um ex-pace car Chrysler 300 usado em 1963.

Originalmente, a prova foi anunciada sob o nome "International 500–Mile Sweepstakes Race".

Entretanto, desde o início ela foi comumente conhecida como "The Indianapolis 500" ou "Indy 500". Em 1919 ela foi rebatizada como "The Liberty Sweepstakes" devido à Primeira Guerra Mundial.

Entre 1920 e 1980 ela foi oficialmente batizada como "International Sweepstakes", às vezes com pequenas variações como "International Sweepstakes Race Distance 500 Miles". Porém, após a Segunda Guerra Mundial ela chegou a ser anunciada extra oficialmente como "Annual Memorial Day race" ou variações similares. A partir de 1981 adotou-se oficialmente o nome "65th Indianapolis 500–Mile Race" (com numeração atualizada ano a ano) encerrando qualquer referência ao "International Sweepstakes".

Por quase um século, a corrida evitaram qualquer tipo de nomeação de direitos ou patrocinadores, um movimento, embora incomum no mundo dos esportes modernos, que foi bem recebido pelos fãs. Esta tradição finalmente terminou em 2016 quando um patrocinador apresentando foi adicionado pela primeira vez. A corrida tornou-se conhecida como o "Indianapolis 500 presented by PennGrade Motor Oil". No século XXI, a facilidade adicionou lentamente também anúncios de patrocínio sobre os muros de arrimo e grama do infield. Na década de 2010 na televisão, a transmissão de corrida tem sido anunciada com um patrocinador.

Estatísticas da 500 Milhas de Indianápolis

[editar | editar código-fonte]

Pilotos com mais vitórias

Vitórias Piloto multivencedor Corridas vencidas Observação
4
Estados Unidos A. J. Foyt 1961, 1964, 1967, 1977 Piloto e dono de equipe mais bem sucedido. Venceu em 1967 duas das três corridas da Tríplice Coroa do Automobilismo: a Indianapolis 500 e as 24 Horas de Le Mans (Circuit de la Sarthe).
Estados Unidos Al Unser 1970, 1971, 1978, 1987
Estados Unidos Rick Mears 1979, 1984, 1988, 1991 Recordista de poles position, em quantidade e em sequência — um dos poucos que possui 2 poles consecutivas.
Brasil Hélio Castroneves 2001, 2002, 2009, 2021 Um dos raros casos de pilotos que venceram 2 Indy 500 nas duas primeiras oportunidades e a defenderam vitória (Castroneves nas três primeiras corridas, obteve duas vitórias e um segundo lugar), além de ser o único piloto de fora dos Estados Unidos a ter conquistado quatro vezes a prova.
3
Escócia Dario Franchitti 2007, 2010, 2012
Estados Unidos Johnny Rutherford 1974, 1976, 1980 Multivencedor das 500 milhas de Indianápolis, intercalou carreira com a NASCAR.
Estados Unidos Bobby Unser 1968, 1975, 1981
Estados Unidos Wilbur Shaw 1937, 1939, 1940
Estados Unidos Mauri Rose 1941, 1947, 1948
Estados Unidos Louis Meyer 1928, 1933, 1936 Foi o piloto que registrou a tradição de beber uma garrafa de leite como parte da tradição.
2
Estados Unidos Tommy Milton 1921, 1923
Estados Unidos Bill Vukovich 1953, 1954
Estados Unidos Rodger Ward 1959, 1962
Estados Unidos Gordon Johncock 1973, 1982
Brasil Emerson Fittipaldi 1989, 1993 Emerson Fittipaldi, Jim Clark, Graham Hill, Mario Andretti e Jacques Villeneuve são os cinco pilotos que venceram as 500 Milhas de Indianápolis e o Mundial de Fórmula 1.
Estados Unidos Al Unser Jr. 1992, 1994
Países Baixos Arie Luyendyk 1990, 1997
Inglaterra Dan Wheldon 2005, 2011
Colômbia Juan Pablo Montoya 2000, 2015 Possui duas partes da Tríplice Coroa do Automobilismo: o GP de Mônaco e as 500 milhas de Indianápolis.
Japão Takuma Sato 2017, 2020

Maior número de vitórias consecutivas (2)

Nenhum piloto jamais conseguiu 3 triunfos consecutivos nas 500 Milhas de Indianápolis. Apenas 5 pilotos venceram duas provas consecutivamente:

Vitórias Piloto Anos
2 Estados Unidos Wilbur Shaw 19391940
Estados Unidos Mauri Rose 19471948
Estados Unidos Bill Vukovich 19531954
Estados Unidos Al Unser, Sr. 19701971
Brasil Hélio Castroneves 20012002

Vencedores novatos (incluindo a primeira corrida de 1911)

Ano Piloto
1911 Estados Unidos Ray Harroun
1913 França Jules Goux
1914 França René Thomas
1926 Estados Unidos Frank Lockhart
1927 Estados Unidos George Souders
1966 Reino Unido Graham Hill
2000 Colômbia Juan Pablo Montoya
2001 Brasil Hélio Castroneves
2016 Estados Unidos Alexander Rossi

Pilotos com mais pole positions

Mais pole positions
Lista com pilotos com 4 pole positions ou mais
Poles Piloto Anos
6 Estados Unidos Rick Mears 1979 1982 1986 1988 1989 1991
5 Nova Zelândia Scott Dixon 2008 2015 2017 2021 2022
4 Estados Unidos Rex Mays 1935 1936 1940 1948
Estados Unidos A.J. Foyt 1965 1969 1974 1975
Brasil Hélio Castroneves 2003 2007 2009 2010

Maior domínio das 500 Milhas de Indianápolis até 2015

A lista considera que o amplo domínio da corrida ocorre quando um piloto inscrito consegue liderar três quartos (3/4, 75% ou 150 voltas) das 500 Milhas de Indianápolis.

Piloto Corrida Voltas Lideradas
Estados Unidos Billy Arnold 1930 99,0%
Estados Unidos Bill Vukovich 1953 97,5%
Reino Unido Jim Clark 1965 95,0%
Estados Unidos Al Unser 1970
Reino Unido Dario Resta 1916 85,8%
Estados Unidos Parnelli Jones 1963 83,5%
Colômbia Juan Pablo Montoya 2000
Estados Unidos Lee Wallard 1951 79,5%
Brasil Emerson Fittipaldi 1989 79,0%
Reino Unido Dario Franchitti 2010 77,5%
Estados Unidos Jimmy Murphy 1922 76,5%

Menor número de voltas lideradas por um vencedor das 500 Milhas de Indianápolis até 2015

A lista considera 25 milhas (40 km)/30 milhas (48 km) de liderança nas 500 Milhas de Indianápolis

Piloto Corrida Voltas Lideradas
Reino Unido Dan Wheldon 2011 0,5%
Estados Unidos Joe Dawson 1912 1,0%
Colômbia Juan Pablo Montoya 2015 4,5%
Reino Unido Graham Hill 1966 5,0%
Estados Unidos Bobby Unser 1975 6,3%

Edição da corrida com o maior número de vencedores

Vencedores Corrida
10
1992

Edição da corrida com maior número de inscrições

Inscritos Corrida
117
1984

Edição da corrida com mais novatos

Novatos Corrida
19
1939, 1979 (sem incluir a primeira corrida)

Menor número de carros terminando a corrida

Carros Corrida
7
1966

Piloto que mais correu até a chegada

Número de corridas Piloto
18
A.J. Foyt e Al Unser

Dono de equipe com mais vitórias

Vitórias Equipe/time multivencedora Corridas vencidas Observação
18
Team Penske (Roger Penske)
1972, 1979, 1981, 1984, 1985, 1987, 1988, 1991, 1993, 1994, 2001, 2002, 2003, 2006, 2009, 2015, 2018, 2019 Intercalou carreira em diversos campeonatos automobilísticos, como a NASCAR, que é o exemplo mais recente.
6
Andretti-Green (Michael Andretti)
1995, 2005, 2007, 2014, 2016, 2017 Venceu em 1995 como Forsythe-Green e na década de 2000 como Andretti-Green, Andretti Autosport e Andretti-Herta.
5
Lou Moore
1938, 1941, 1947, 1948, 1949
5
Chip Ganassi Racing (Chip Ganassi)
2000, 2008, 2010, 2012, 2022 Chip Ganassi venceu as 500 Milhas de Indianápolis e a Daytona 500 na NASCAR, Jamie McMurray venceu as ’'500 Milhas de Daytona e Dario Franchitti vencendo as 500 milhas de Indianápolis no ano de 2010.
4
A.J. Foyt Enterprises (A.J. Foyt)
1964, 1967, 1977, 1999 A. J. Foyt foi o piloto e dono de sua equipe mais bem-sucedido, com três corridas em 1964, 1967 e 1977. Em 1999 era apenas dono de equipe.

Chassi mais vitorioso

Vitórias Chassi Corridas vencidas Observação
31
Dallara
1972, 1979, 1981, 1984, 1985, 1987, 1988, 1991, 1993, 1994, 2001, 2002, 2005–atualmente Provedor exclusivo de chassi desde a década de 2000 na Indy 500.
7
Penske
1979, 1981, 1988, 1989, 1991, 1993, 1994 A partir da década de 2000, a Penske não utilizou mais chassis próprios.
6
Miller
1923, 1926, 1928, 1929, 1933, 1934 Ligado à Harry Miller
Watson
última em 1964
5
Kurtis Kraft
última em 1955
March
última vitória em 1987

Motores mais vitoriosos

Vitórias Motor Corridas vencidas Observação
27
Offenhauser
1935, 1937, 1941, 1947–1964, 1968, 1972–1976 Conhecidos como Offy.
13
Honda
2004–2012, 2014, 2016, 2017, 2020, 2021, 2022 Era provedora exclusiva de motores durante a década de 2000, na IndyCar.
12
Miller
1922, 1923, 1926, 1928–1934, 1936, 1938
10
Cosworth
1978–1987
Chevrolet
1988–1993, 2002, 2013, 2015, 2018, 2019 Uma parcela das vitórias com chassi Penske.
8
Ford*
1965–1967, 1969–1971, 1995–1996 Em 1995 e 1996 eram chamados de Ford-Cosworth, devido a aquisição de direitos na temporada de 1991 da CART
5
Oldsmobile
1997–2001

Fabricante de pneus mais vitorioso

Vitórias Fabricante Corridas vencidas Observação
69
Firestone
última em 2022 Têm uma estreita história com a Indy 500.
12
Goodyear
última em 1999

Maior número de troca de liderança

  • 68 trocas de lideranças oficiais, 84 trocas de lideranças não-oficiais entre 14 líderes distintos quebrando o recorde de 34 ultrapassagens dacorrida de 2013 (16 trocas provisórias).

Maiores temperaturas nas 500 Milhas de Indianápolis

Temperatura Corridas Observação
33ºC
1937, 1953, 1919, 2012, 2018
Alegou-se extraoficialmente que na corrida de 1953 alegou que a corrida chegou aos 38 °C, o que seria a corrida mais quente da Indy 500
32ºC
1977 e 1978
Alega-se que chegou a 35 °C em 2010, mas não-oficial.

Menores temperaturas nas 500 Milhas de Indianápolis

Menor Temperatura Corridas
18ºC
1915, 1924 e 2003
17ºC
1930 e 1947
16ºC
1997
14ºC
2003 e 1924

Poles consecutivas

Até a corrida de 2022

Maior número de poles-position nas 500 Milhas de Indianápolis` Pilotos com duas poles-position consecutivas Observações
2
Ralph DePalma, Rex Mays, Eddie Sachs, Parnelli Jones, Mario Andretti, A. J. Foyt, Tom Sneva, Rick Mears, Scott Brayton, Hélio Castroneves, Ed Carpenter e Scott Dixon
Todos os pilotos que dividem o recorde de poles são dos Estados Unidos. As exceções são os pilotos Ralph DePalma (italiano/americano), Hélio Castroneves (brasileiro) e Scott Dixon (neozelandês).

Menor diferença entre o primeiro e o segundo colocado

Diferença registrada Pilotos Edição da corrida
0,043s
Diferença entre o vencedor Al Unser Jr. (largou em 12º lugar) e o segundo lugar Scott Goodyear (largou em 33º lugar) 1992

Maior velocidade média em uma Indy 500

Piloto Ano da Corrida Maior Média
Brasil Hélio Castroneves
2021
306,886 km/h

Menor velocidade média em uma Indy 500

Piloto Ano da corrida Menor média
Estados Unidos Ray Harroun
1911
120,060 km/h

Volta de classificação mais rápida

Piloto Ano da corrida Volta mais rápida
Países Baixos Arie Luyendyk
1996
382,216 km/h

Volta mais rápida na corrida

Piloto Ano da corrida Maior média
Estados Unidos Eddie Cheever
1996 379,976 km/h

Vencedor mais jovem

Piloto Ano da corrida Idade
Estados Unidos Troy Ruttman
1952 22 anos e 80 dias

Vencedor mais velho

Piloto Ano da corrida Idade
Estados Unidos Al Unser
1987 47 anos e 360 dias

Maior número de participações

Piloto Corridas
Estados Unidos A.J. Foyt
35 corridas na Indy 500 (se classificando em todas).

Pior posição de largada retomando para a vitória (2)

Posição Piloto Temporada
28º
Estados Unidos Ray Harroun 1911
28º
Estados Unidos Louis Meyer 1936

Países com mais vitórias (Excetuando os Estados Unidos, que tem mais de 70 vitórias)

Vitórias País
8 Brasil Brasil (1989, 1993, 2001, 2002, 2003, 2009, 2013, 2021)
4 Inglaterra Inglaterra (1946, 1966, 2005, 2011)
Escócia Escócia (1965, 2007, 2010, 2012)
França França (1913, 1914, 1920, 2019)
2 Itália Itália (1915, 1916)
Países Baixos Países Baixos (1990, 1997)
Colômbia Colômbia (2000, 2015)
Japão Japão (2017, 2020)
Suécia Suécia (1999, 2022)
1 Canadá Canadá (1995)
Nova Zelândia Nova Zelândia (2008)
Austrália Austrália (2018)

Venceu Tríplice Coroa do Automobilismo (500 milhas de Indianápolis, Grande Prêmio de Mônaco e 24 horas de Le Mans)

Vencedor das 500 Milhas de Indianápolis, Grande Prêmio de Mônaco e 24 Horas de Le Mans) Corridas vencidas por evento respectivamente
Reino Unido Graham Hill
1966 / 1963, 1964, 1965, 1968, 1969 / 1972

Venceu as 500 milhas de Indianápolis, Campeonato Mundial de Fórmula 1 e 24 horas de Le Mans

Venceu a Indianapolis 500 e o Mundial de Fórmula 1 e 24 Horas de Le Mans Ano/Temporada
Reino Unido Graham Hill
1966 / 1962, 1968 / 1972

Venceu as 500 milhas de Indianápolis e o Campeonato Mundial de Fórmula 1

Venceu a Indianapolis 500 e do Campeonato da Fórmula 1 Ano/Temporada
Reino Unido Jim Clark
1965 / 1963, 1965
Reino Unido Graham Hill
1966 / 1962, 1968
Estados Unidos Mario Andretti
1969 / 1978
Brasil Emerson Fittipaldi
1989, 1993 / 1972 e 1974
Canadá Jacques Villeneuve
1995 / 1997

Venceu 500 milhas de Indianápolis e as 24 horas de Le Mans

Piloto vencedor da Indianapolis 500/24 Horas de Le Mans Corridas vencidas
Estados Unidos A.J. Foyt
1961, 1964, 1967, 1977 / 1967
Reino Unido Graham Hill
1966 / 1972

Venceu as 500 milhas de Indianápolis e as 24 horas de Daytona

Piloto vencedor da Indianapolis 500/24 Horas de Daytona Corrida vencidas
Estados Unidos A.J. Foyt
1961, 1964, 1967, 1977 / 1983, 1985
Estados Unidos Al Unser
1970, 1971, 1978, 1987 / 1985
Estados Unidos Mark Donohue
1972 / 1969
Estados Unidos Mario Andretti
1969 / 1972 *na versão de 6 Horas
Estados Unidos Bobby Rahal
1986 / 1981
Países Baixos Arie Luyendyk
1990, 1997 / 1998
Estados Unidos Al Unser Jr.
1992, 1994 / 1986, 1987
Colômbia Juan Pablo Montoya
2000, 2015 / 2007, 2008, 2013
Reino Unido Dan Wheldon
2005, 2011 / 2006
Nova Zelândia Scott Dixon
2008 / 2006
Estados Unidos Buddy Rice
2004 / 2009
Reino Unido Dario Franchitti
2007, 2010, 2012 / 2008
Brasil Tony Kanaan
2013 / 2015
Brasil Hélio Castroneves
2001, 2002, 2009, 2021 / 2021, 2022, 2023
França Simon Pagenaud
2019 / 2022, 2023

Venceu as 500 milhas de Indianápolis e o Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1

Piloto vencedor da Indianapolis 500/Grande Prêmio de Mônaco Corridas vencidas
Reino Unido Graham Hill
1966 / 1963, 1964, 1965, 1968, 1969
Colômbia Juan Pablo Montoya
2000, 2015 / 2003

Venceu as 500 milhas de Indianápolis e das 12 Horas de Sebring

Venceu a Indianapolis 500 e as 12 Horas de Sebring Corridas vencidas
Estados Unidos Mario Andretti
1969 / 1967, 1970, 1972
Estados Unidos A.J. Foyt
1961, 1964, 1967, 1977 / 1985
Estados Unidos Bobby Rahal
1986 / 1987
Países Baixos Arie Luyendyk
1990, 1997 / 1989

Venceu as 500 milhas de Indianápolis e das 500 Milhas de Daytona

Piloto vencedor da Indianapolis 500 e das 500 Milhas de Daytona Corridas vencidas
Estados Unidos Mario Andretti
1969 / 1967
Estados Unidos A.J. Foyt
1961, 1964, 1967, 1977 / 1972

Venceu as 500 milhas de Indianápolis, o Campeonato Mundial de Fórmula 1 e Daytona 500

Vencedor da Indianapolis 500/Fórmula 1/Daytona 500 Corridas vencidas
Estados Unidos Mario Andretti
1969 / 1978 / 1967

Venceu as 500 milhas de Indianápolis, as 24 Horas de Le Mans e as 500 Milhas de Daytona

Piloto vencedor da Indianapolis 500/24 Horas de Le Mans/Daytona 500 Corridas vencidas
Estados Unidos A.J. Foyt
1961, 1964, 1967, 1977 / 1967 / 1972

Vencedores anuais da tradicional corrida por ano, nacionalidade, equipe, posição da classificação e as milhas percorridas

Ano Vencedor Nacionalidade Equipe/Proprietário Posição de partida Milhas percorridas*
1911 Ray Harroun  Estados Unidos Nordyke & Marmon Company 28º
1912 Joe Dawson  Estados Unidos National Motor Vehicle Company
1913 Jules Goux  França Peugeot
1914 Rene Thomas  França Louis Delâge Company 15º
1915 Ralph DePalma  Itália E.C. Patterson
1916 Dario Resta  Itália Peugeot Auto Racing Company 300
1919 Howard Wilcox  Estados Unidos I.M.S. Corporation
1920 Gaston Chevrolet  França William Small Company
1921 Tommy Milton  Estados Unidos Louis Chevrolet 20º
1922 Jimmy Murphy  Estados Unidos Jimmy Murphy pole position
1923 Tommy Milton  Estados Unidos H.C.S. Motor Company pole position
1924 L.L. Corum, Joe Boyer  Estados Unidos Duesenberg 21º
1925 Peter DePaolo  Estados Unidos Duesenberg
1926 Frank Lockhart  Estados Unidos Peter Kreis 20º 400
1927 George Souders  Estados Unidos William S. White 22º
1928 Louis Meyer  Estados Unidos Alden Sampson, II 13º
1929 Ray Keech  Estados Unidos M. A. Yagle
1930 Billy Arnold  Estados Unidos Harry Hartz pole position
1931 Louis Schneider  Estados Unidos B. L. Schneider 13º
1932 Fred Frame  Estados Unidos Harry Hartz 27º
1933 Louis Meyer  Estados Unidos Louis Meyer
1934 Bill Cummings  Estados Unidos H. C. Henning 10º
1935 Kelly Petillo  Estados Unidos Kelly Petillo 22º
1936 Louis Meyer  Estados Unidos Louis Meyer 28º
1937 Wilbur Shaw  Estados Unidos Wilbur Shaw
1938 Floyd Roberts  Estados Unidos Lou Moore pole position
1939 Wilbur Shaw  Estados Unidos Boyle Racing Headquarters
1940 Wilbur Shaw  Estados Unidos Boyle Racing Headquarters
1941 Floyd Davis, Mauri Rose  Estados Unidos Lou Moore 17º
1946 George Robson  Inglaterra Thorne Engineering 15º
1947 Mauri Rose  Estados Unidos Lou Moore
1948 Mauri Rose  Estados Unidos Lou Moore
1949 Bill Holland  Estados Unidos Lou Moore
1950 Johnnie Parsons  Estados Unidos Kurtis Kraft 345
1951 Lee Wallard  Estados Unidos Murrell Belanger
1952 Troy Ruttman  Estados Unidos J. C. Agajanian
1953 Bill Vukovich  Estados Unidos Howard B. Keck pole position
1954 Bill Vukovich  Estados Unidos Howard B. Keck 19º
1955 Bob Sweikert  Estados Unidos John Zink 14º
1956 Pat Flaherty  Estados Unidos John Zink pole position
1957 Sam Hanks  Estados Unidos George Salih 13º
1958 Jim Bryan  Estados Unidos George Salih
1959 Rodger Ward  Estados Unidos Leader Cards
1960 Jim Rathmann  Estados Unidos Ken-Paul
1961 A. J. Foyt  Estados Unidos Bignotti-Bowes Racing
1962 Rodger Ward  Estados Unidos Leader Cards
1963 Parnelli Jones  Estados Unidos J. C. Agajanian pole position
1964 A.J. Foyt  Estados Unidos Ansted-Thompson Racing
1965 Jim Clark Escócia Team Lotus
1966 Graham Hill  Inglaterra Mecom Racing Team 15º
1967 A.J. Foyt  Estados Unidos Ansted-Thompson Racing
1968 Bobby Unser  Estados Unidos Leader Cards
1969 Mario Andretti  Estados Unidos STP Corporation
1970 Al Unser  Estados Unidos Vel's Parnelli Jones Ford pole position
1971 Al Unser  Estados Unidos Vel's Parnelli Jones Ford
1972 Mark Donohue  Estados Unidos Roger Penske Enterprises
1973 Gordon Johncock  Estados Unidos Patrick Racing Team 11º 332,5
1974 Johnny Rutherford  Estados Unidos Bruce McLaren Motor Racing 25º
1975 Bobby Unser  Estados Unidos All American Racers 435
1976 Johnny Rutherford  Estados Unidos Bruce McLaren Motor Racing pole position 255
1977 A.J. Foyt  Estados Unidos A. J. Foyt Enterprises
1978 Al Unser  Estados Unidos Chaparral Racing
1979 Rick Mears  Estados Unidos Penske pole position
1980 Johnny Rutherford  Estados Unidos Chaparral Racing pole position
1981 Bobby Unser  Estados Unidos Penske pole position
1982 Gordon Johncock  Estados Unidos STP Patrick Racing Team
1983 Tom Sneva  Estados Unidos Bignotti-Cotter
1984 Rick Mears  Estados Unidos Penske
1985 Danny Sullivan  Estados Unidos Penske
1986 Bobby Rahal  Estados Unidos Truesports
1987 Al Unser  Estados Unidos Penske Racing, Incorporated 20º
1988 Rick Mears  Estados Unidos Penske pole position
1989 Emerson Fittipaldi  Brasil Patrick
1990 Arie Luyendyk  Países Baixos Doug Shierson Racing
1991 Rick Mears  Estados Unidos Penske pole position
1992 Al Unser, Jr.  Estados Unidos Galles-Kraco 12º
1993 Emerson Fittipaldi  Brasil Penske
1994 Al Unser, Jr.  Estados Unidos Penske pole position
1995 Jacques Villeneuve  Canadá Green
1996 Buddy Lazier  Estados Unidos Hemelgarn
1997 Arie Luyendyk  Países Baixos Treadway Racing pole position
1998 Eddie Cheever Jr.  Estados Unidos Cheever 17º
1999 Kenny Bräck  Suécia A. J. Foyt Enterprises
2000 Juan Pablo Montoya  Colômbia Chip Ganassi
2001 Helio Castroneves  Brasil Penske 11º
2002 Helio Castroneves  Brasil Penske 13º
2003 Gil de Ferran  Brasil Penske 10º
2004 Buddy Rice  Estados Unidos Rahal Letterman pole position 462,5
2005 Dan Wheldon  Inglaterra Andretti-Green 16º
2006 Sam Hornish Jr.  Estados Unidos Penske pole position
2007 Dario Franchitti Escócia Andretti-Green 412,5
2008 Scott Dixon  Nova Zelândia Chip Ganassi pole position
2009 Helio Castroneves  Brasil Penske pole position
2010 Dario Franchitti Escócia Chip Ganassi
2011 Dan Wheldon  Inglaterra Bryan Herta
2012 Dario Franchitti Escócia Chip Ganassi 16º
2013 Tony Kanaan  Brasil KV Racing Technology 12º
2014 Ryan Hunter-Reay  Estados Unidos Andretti Autosport 19º
2015 Juan Pablo Montoya  Colômbia Penske 15°
2016 Alexander Rossi  Estados Unidos Andretti Herta 11º
2017 Takuma Sato  Japão Andretti Autosport
2018 Will Power  Austrália Penske
2019 Simon Pagenaud  França Penske Pole position
2020 Takuma Sato  Japão Rahal Letterman Lanigan Racing
2021 Helio Castroneves  Brasil Meyer Shank Racing
2022 Marcus Ericsson  Suécia Chip Ganassi Racing
2023 Josef Newgarden  Estados Unidos Team Penske 17°
2024 Josef Newgarden  Estados Unidos Team Penske

* Nos casos em que a prova teve de ser interrompida antes das 500 milhas previstas. Geralmente em função das chuvas.

Numerações mais vencedoras

[editar | editar código-fonte]
Número do carro Número de vitórias Ano
1 7 1923, 1940, 1950, 1958, 1961, 1964, 1971
2 10 1915, 1921, 1929, 1939, 1969, 1970, 1976, 1978, 2015, 2023
3 11 1919, 1948, 1962, 1968, 1974, 1981, 1986, 1991, 1992, 2002, 2009
4 5 1920, 1930, 1960, 1980, 1993
5 6 1935, 1959, 1983, 1985, 1988, 1997
6 5 1937, 1955, 1984, 2003, 2006
7 2 1934, 1949
8 4 1912, 1936, 1956, 2022
9 4 1957, 1979, 2000, 2008
10 2 2010, 2012
11 1 2013
12 2 1925, 2018
13 0
14 6 1928, 1953, 1954, 1967, 1977, 1999
15 3 1924, 1926, 2004
16 4 1913, 1914, 1941, 1946
17 1 1916
18 0
19 0
20 3 1973, 1982, 1989
21 0
22 1 2019
23 2 1931, 1938
24 1 1966
25 1 1987
26 2 2005, 2017
27 3 1947, 1995, 2007
28 1 2014
29 0
30 2 1990, 2020
31 1 1994
32 2 1911, 1927
33 0
34 1 1932
35 1 1922
36 1 1933
37 0
38 0
39 0
40 0
41 0
42 0
43 0
44 0
45 0
46 0
47 0
48 1 1975
49 0
50 0
Número do carro Número de vitórias Ano
51 1 1998
52 0
53 0
54 0
55 0
56 0
57 0
58 0
59 0
60 0
61 0
62 0
63 0
64 0
65 0
66 1 1972
67 0
68 1 2001
69 0
70 0
71 0
72 0
73 0
74 0
75 0
76 0
77 0
78 0
79 0
80 0
81 0
82 1 1965
83 0
84 0
85 0
86 0
87 0
88 0
89 0
90 0
91 1 1996
92 0
93 0
94 0
95 0
96 0
97 0
98 3 1963, 2011, 2016
99 1 1951
Número do carro Número de vitórias Ano
0 --
00 --
01 --
02 0
03 --
04 --
05 --
06 1 2021
07 --
08 --
09 --

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre 500 Milhas de Indianápolis

Referências

  1. «36 U.S. Code § 116 - Memorial Day». LII / Legal Information Institute (em inglês). Consultado em 15 de maio de 2022 
  2. esporte.uol.com.br/
  3. Fontana, Guilherme (Maio de 2016). «100 vezes Indy 500». Quatro Rodas: 20-21 
  4. «Castroneves vence 500 Milhas de Indianápolis pela quarta vez». motorsport.uol.com.br. Consultado em 2 de junho de 2021 
  5. Mittman, Dick. Indianapolis 500 Qualifying Has Evolved Over The Years, Indy500.com, September 22, 2004]
  6. «Indianapolis Motor Speedway, IMS Milestones: 1906–1911». Consultado em 27 de março de 2013. Arquivado do original em 10 de maio de 2010 
  7. «The Marmon Group». Consultado em 8 de novembro de 2012. Arquivado do original em 16 de junho de 2010 
  8. Leerhsen, Charles, "100 Years of the Indy 500", Sports Illustrated, 30 de maio de 2011, p. 52–56.
  9. a b c d e f Kettlewell, p. 1014
  10. «The Harry Miller Fred Offenhauser Leo Goossen Race Car Historical Society». www.milleroffy.com. Consultado em 15 de maio de 2022 
  11. «James Melton Autorama: one of Florida's Lost Tourist Attractions». www.lostparks.com. Consultado em 15 de maio de 2022 
  12. a b c Kettlewell, p. 1015
  13. The Miller/Offenhauser Historical Society http://www.milleroffy.com História da Miller
  14. 1926 Miller 91 FWD, http://www.supercars.net/cars/2458.html 1926 Miller 91 FWD
  15. INDIANAPOLIS 500 RACE WINNERS
  16. Boyle Special
  17. Resultados da Indy 500 na Fórmula 1
  18. [1] Arquivado em 16 de janeiro de 2010, no Wayback Machine. Indianapolis Motor Speedway (Speedway, Indiana, EUA)]
  19. 500 Milhas de Indianápolis
  20. «Indianapolis 500, 1961». Consultado em 28 de dezembro de 2018. Arquivado do original em 7 de novembro de 2012 
  21. No ano seguinte, Jim Clark, the Scottish driver who became an American idol
  22. RACING HISTORY: The Great Races
  23. «Indianapolis Motor Speedway, 50th Indianapolis 500-Mile Race at the Indianapolis Motor Speedway, 30 de maio de 1966». Consultado em 27 de maio de 2010. Arquivado do original em 13 de julho de 2011 
  24. «56th Indianapolis 500-Mile Race at the Indianapolis Motor Speedway, 27 de maio de 1972». Consultado em 27 de maio de 2010. Arquivado do original em 13 de julho de 2011 
  25. «Indianapolis Motor Speedway». Consultado em 27 de maio de 2010. Arquivado do original em 13 de julho de 2011 
  26. «60th Indianapolis 500-Mile Race at the Indianapolis Motor Speedway, 30 de maio de 1976». Consultado em 27 de maio de 2010. Arquivado do original em 13 de julho de 2011 
  27. «Boxscore sobre o IMS». Consultado em 11 de dezembro de 2015. Arquivado do original em 29 de julho de 2010 
  28. 28 de maio de 2017, TSN, Sportscentre
  29. Premiação dos pilotos nas 500 Milhas de Indianápolis de 2017
  30. «Indianapolis Motor Speedway Centennial Era, 2009–2011». Indiana Office of Tourism Development. Consultado em 27 de maio de 2010. Arquivado do original em 28 de maio de 2010 
  31. «Indy 500: What you need to know». IndyStar. Consultado em 29 de maio de 2016 
  32. «Winning Charlotte, Indy proving an impossible feat». NASCAR 
  33. «Gunning for first NASCAR Sprint Cup win of the year in the Coca-Cola 600: Brad Keselowski's Autoweek blog». Consultado em 19 de maio de 2017. Arquivado do original em 5 de março de 2014 

sCorreção de ligações e predefiniçõesCorreção de ligações e predefinições